I Fórum de Arquitetura de Mossoró atrai profissionais de áreas diversas do Estado
Com o tema Design e Regionalismo, o I Fórum de Arquitetura de Mossoró, promovido pelo Estúdio 43 Arquitetura, lotou o auditório do Hotel VillaOeste, na tarde do dia 9 de junho, com profissionais e estudantes de diversas regiões do Rio Grande do Norte e até mesmo de outros estados.
Na oportunidade, o Conselho de Arquitetura do Rio Grande do Norte – CAU/RN conversou com os palestrantes do Mula Presta Design e a arquiteta Sandra Moura. O Conselho foi representado pela gerente técnica, Lilian Brito, que falou aos participantes um pouco sobre as ações do CAU/RN. “Mossoró, através do censo do CAU/BR, é a segunda cidade do RN com maior número de arquitetos e urbanistas no estado, e uma das primeiras com Registro de Responsabilidade Técnica – RRT, isso demonstra que a cidade tem crescido, tem um amplo campo de atuação profissional , sua área urbana tem se expandido mais e que atuação do arquitetos tem espaço”, explicou.
Lilian Brito ainda destacou as sete áreas de abrangência profissional, uma das preocupações do CAU/RN. “O profissional não tem que atuar em apenas projetos de arquitetura, ele tem uma gama de atuações, como interiores, área urbanística, conforto ambiental, gestão de gerenciamento, órgãos públicos, profissionais que queiram executar obrar junto a construtoras e segurança no trabalho”, frisou a gerente técnica.
Sobre o evento, Lilian Brito, disse o quanto é importante que os profissionais se reciclem, “ Nós dizemos sempre aos egressos que o curso de arquitetura não termina com os cinco anos da graduação, ali é que você vai começar a estudar, se especializar e buscar o caminho que você quer seguir, ou até mesmo aprender com a experiência compartilhadas pelos profissionais palestrantes”, salientou.
O interesse por desenho uniu o design e o arquitetos André Gurgel e Felipe Bezerra, assim originando o escritório de design Mula Preta. “Através do trabalho, criamos uma empatia e um belo dia, vi que André tinha uns cadernos com desenhos de cadeiras e ele disse que gostava de desenhar, assim como eu, e daí começamos a mostrar desenhos um do outro”, explica Felipe sobre o surgimento, mas revela que o pontapé inicial aconteceu quando André inscreveu um desenho seu em um concurso na Itália e foi contemplado com a medalha Platinum, sendo está a maior condecoração no concurso e despertou o interesse em formalizar a parceria.
De acordo com Felipe Bezerra, a área de arquitetura possui uma carência muito grande em algumas áreas e incentiva a criação de mais eventos como o I Fórum de Arquitetura de Mossoró. “A participação dos profissionais e estudantes em viagens e eventos revelam surpresas e trabalhos de profissionais, até então, desconhecidos”, diz.
Outra atração do Fórum, foi a arquiteta e urbanista Sandra Moura, paraibana, que falou sobre a influência da cultura popular pernambucana como o carnaval, teatro e cinema em seu trabalho. “Foram pequenas frações da história da vida, como se fosse a composição de uma música, ela vai acontecendo, quando você olha pra traz e começa a fazer a ligação dos pontos, você nota sempre uma referência no imaginário”, explica.
“O importante é que quando você vive num lugar, você pode estudar fora, sair para fazer um curso fora da país, mas suas referências, como o que você vive em Mossoró, não vai sair de dentro de você; valorize essas referências e não negue sua história”, orienta Sandra Moura que ainda reforça a questão dos estudantes ficarem se baseando nas figurinhas de instagram e facebook, e não se aprofundarem e não conhecer o por quê daquela pessoa fazer aquilo.
Sobre o evento, a arquiteta paraibana fala da importância de reunir estudantes e profissionais nesse momento. “No momento em que um grupo de jovens arquitetos, de um escritório de arquitetura, eles movimentam e trazem pessoas para essa troca de experiências, e eles ficam agradecidos com isso, isso é muito dia importante, da mesma forma quando, estudante, tive a oportunidade de poder conhecer a fundo a obra de Janete Costa”, diz e finaliza reforçando que o importante da vida não é só fazer projetos é parar um tempo e poder dialogar com esses jovens.